A precariedade, A Comunicação Social e a nossa Democracia
A embaixada de Cuba nos EUA sofre um atentado, mercenários patrocinados pelos EUA tentam um golpe terrorista na Venezuela. A comunicação social por cá faz ouvidos mocos, como se nada se tivesse passado.
É impressionante, a nossa sociedade não compreender que uma comunicação social forte e pluralista é condição estrutural para podermos viver em liberdade e em democracia. Não existe liberdade de opinião sem informação de qualidade.
A nossa comunicação social em particular, como no mundo do trabalho em geral, a precariedade é uma realidade, mas aqui neste sector a precariedade dos trabalhadores que trabalham nesta área, tem implicações societárias de grande dimensão.
Quem vai dizer o que pensa, ou o que viu, se sabe que a qualquer momento pode ser despedido? Como é que pode um meio de comunicação social cobrir uma notícia in loco, ou produzir notícias próprias sem reproduzir a de outros, se não tem trabalhadores suficientes?
Será esta "mão invisível" que os vendedores de banha da cobra falam? A questão é que não é invisível, esta "pressão" tem rostos tem protagonistas, são os grandes grupos económicos que querem manter o seu domínio.
Quem quer o silenciamento da verdade, é quem não vive bem com ela porque sabe que ela lhe pode trazer prejuízos, hoje mais do que no passado é determinante que todos digam a “verdade”, que digam o que pensam e que não sejam apenas seres que repetem o que os outros papagueiam ou o que lhe obrigam a papaguear. É difícil? É! Mas também é um acto de coragem e resistência.
Assim se defende a liberdade e a democracia! A dizer, a lutar e a fazer!